sábado, 28 de junho de 2008

Mãos Atadas.


O cara se chamava idéia... Ops! Abstenho-me no início, ou o clímax foge.
O cara não tinha nome, filhos, dedos, expressões, ele nunca foi um ser humano, Ele é idéia.
E sinto, mas não to a fim de falar dele.
Estava eu, um copo de vinho e um leão do signo de sagitário.
Beberiquei todo o drinque de saliva viscosa do leão imponente, o vinho me atacou.
Deu nó. A cena imediatamente fugiu do tempo espaço e eu fiquei excitado.
Debilitado, Mergulhei no rio amazonas, pra salvar Iracema, e lá achei o papel de salgadinho que larguei no asfalto.
Congelamos, eu e Iracema, ela morreu e eu de um jeito tão idiota, paralisado, fui salvo pelo vinho e pelo presidente.
Ele, o presidente, me iludiu! Como uma prostituta no Cio!
Não rebaixemos à classe de tais trabalhadoras, não Poeta, não confunda às coisas!
Ele, o presidente, me enganou, roubou a taça de saliva do Leão, já não tinha porque viver.
Em prantos, mordi o cascalho de uma seringueira, derrubei-a, como a indústria de borracha faz. Vomitei na minha roupa, sangue.
Esvaído em tal líquido rubro, meio à ao batatal, de Jesus, me deparei com Pedro, o cara era só ouvidos, o cara era uma rocha. Me senti bem, passei a o carregar nas costas.
Chegou Josivaldo, com seu suporte de soja, gritando meu nome às costas.
A resposta fora breve, “Afaste-se Jô! Não sou mais digno dessa mata.”
Pois então, o homem de expressão espantada, correu chorando, afastou-se.
Pedro? Ainda me ouvia.
Tirei o sutiã que tanto apertava meu útero. Varri Pedro.
Matei 8 ou 9 formigas caminhando. Deixei que um Escorpião me ferroasse. Foi bom.
Entreguei ao tal, Pedro, mas infelizmente sua estrutura não pôde o manter nas costas.
Não foi pessoal, meus olhos que pararam de trabalhar pra mim. Comecei a tontear, não tinha mais sangue fluindo, era puro veneno.
Fui até a esquina, adentrei o Bar de seu Fernando, estava vazio, me servi só.
Bati, com o giz e encaçapei o taco. Careca, não podia mais levar o chapeuzinho branco, escorregava.
Funguei cânfora, senti os mamilos de seu Fernando se aproximarem, mas logo me despedi.
...
...
Perdi o mindinho em uma siderúrgica. Deixei que a barba crescesse, virei o presidente.
Encontrei um cara na Amazônia, e roubei a saliva de leão dele.
Era um clone. Eu era o sujeito, eu era o presidente...

Você também é o presidente. Se culpe.