quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ensaio de uma Dialética Infinita


Cocaína de embalagens douradas, entorpecem. Somam, fritam, libertam, pero... é só uma ilusão amigo listrado.
Ilusão é só uma difração de uma mente, mente, fala a verdade. Que nos mune, une, olha a raiz, que nos trás e faz como seres astronautas.
Comprovado ou não, como calçadas estéticas, como universalizar, ou parabenizar, como isso e como aquilo. Ejacule Queijo oras! Quem determinaste?! Ilusão ou não, entorpece e anima, seguidos de paradoxos matinais, tudo para, e não há certo e martírio, ande! Coma!
Despertador, café, escova de dentes, roupa, estudos,almoço, estudos, vida?Nunca, nunca à vida. Trabalhar é duro, fazê-lo, melhor,faça-o rápido! Trabalhar é duro... fazê-lo melhor... faça-o rápido... Mais disso sempre, nosso trabalho nunca acaba.


Por cima da ratoeira, capturei meu sapato de palhaço para te acompanhar nesta ilustre e hipócrita caminhada. Pinceladas no seu termo que abre a realidade, caso me permita. O aparelho celular que desce pela sua faringe agride seu diafragma, ou o relógio de pulso que destaca suas mãos unicelulares, divino! Sem mais nem menos trancam seu óculos.
Não é preciso de óculos para almas na caminhada multiversal, cima e baixo, morto e vivo? Padrões e mensalões, tomando-nos um café de via láctea e embriagado com felicidade, instantânea e diminuta da vida que passa, da vida que corre e nada deixa e nada muda, a muda da vida, a vida não muda.


Da muda do pequeno abacate surreal, teve o início ou o fim, quando enfim, eu disse oi à sua morte. Denso, e celeste, foi o começo da jornada, imagine quantos pães foram postos dentro das gemas de ovos, oras bolas! Quanto mais impacto, aumenta-se o teor de adrenalina no seu orifício matinal. Um passo para a esquerda, e quinze para o infinito, meu ursinho de pelúcia, não sabe o que diz...


Surreal! SURREAL! Vida surreal, o fim é nosso início, da árvore da vida, nosso calvário, da morte repousante nosso ministério, o celeste é minha mente não-diminuta, jornada aquela que deu passos no escuro ferindo meu intelecto com visão e ao mesmo tempo falta dela(?) Sobrevivi mil vezes da guerra do prato. Só mais dez segundos para o mundo que não conheço. E o meu ursinho de pelúcia não sabe dizer. Cético? Nem um pouco, só não sou real.
Na pele esquiva de paulistano, pode-se sentir o arrepio da caridade de outrem, e ontem finalmente pôde-se ouvir casos de Avantasia, digo, a fantasia, mal começou e eu já podia sentir pena do seu estereótipo segundo leis antigas.
Olho por olho, pênis por xérox.


Tudo, outra versão do mundo, o homem, outra versão do tudo. Daqueles que olham pra cima e encontram o chão nunca conseguirão pular a cerca do pensamento... E escolas não vão ensinar a viver... E a vida não vai lhe ensinar a morrer. O sentido está em entender o impossível e fazê-lo de si, para tornar aquilo que és, só se aprende para tornar aquilo que você sempre foi, um nada em tudo e viajo por entre os sentimentos por entre canções de ninar e vida sem sessar, porque sou eu que tras o mais nobre-Obrigado, e viva os peixes.


Tudo, outra versão do mundo, do fundo, alrago o piercing no seu ânus. Não há resposta? Não há poucas respostas! Isso sim, Berenice! O caos imposto pelo cotidiano maluco e atemporal, me asfixia meio à tempestade de areia, te dão o passe e a catraca, e seu corpo naturalmente e obviamente, segue em frente. Mas CADÊ O PORQUE? Não perca-se em distinção de filosofia e pensamento oriental... Saiba que a média é você, saiba que os peixes vão te devorar quando lhes derema oportunidade.


Existem todas as respostas, mas é a pergunta que é ridícula e pequena que não cabem todas elas, como anões num fusca de palmeiras. E eu nestes grilhões de necessidade e vida frágil, donde mendigo um pedaço de ar pros meus pulmões aproveitadores. E a burocracia pede papeis, e as pessoas pedem sentimentos e eu peço valor ao meu áis! Dos peixes não me importo por pois logo, por doar demais, todos ficam atrofiados;


Atrofia-se também a arte de mendigar. Viva os mendigos! Há quem não perceba nossos homens urbanos poliglotas livres. Valor de merda hoje, ensinam por aí. Aquela nota de função monetária, serve para alimentar vossa fogueira de ego sobrenatural e burro, ou não. Montes de bosta e um baralho solitário distribuindo quase nada a poucos e trouxas no ver do reflexo do seu amor pela humanidade.


Ego? Vendi o meu por um sorriso. Da vaidade daquilo que me engrandece e enobrece, vendi pra uma chuva gélida que me lava e me entorpece afogando meu coração de paz, e acham que inteligência é tirar notas altas na escola e depois não vão entender quando digo que são notas que andam pelos cruzamentos. Chamam ele de LOUCO pessoal! Cabeça de camarão, que Tritão modelou na bigorna de Deus. Deus embaralha as cartas do destino e nós jogamos. Amor é o que sobra, pois paixão sempre acaba.
O acaba, sem o som do metafórico pode soar estranho. Embaralhe sua vida, distribua corretamente sorrisos alheios, separe seu conhecimento do esterco, junte tudo a uma seqüência predestinada, e bata em sua própria cara. Quem disse que se joga assim?! Cantarolavam, poucos pássaros nus próximo à esquina de aço, isso sim é uma nota alta, sinta os agudos que lhe destroem dos neurônios à unha de seu mindinho.
E sabe o que padres entendem disso? Se eu disser 'O pinto precisa comer pedra pra alargar o cu e sobreviver de algo mais consistente' o que o padre entende? Só o cu. E depois diz que come merda porque é orgânico. Cada dia eu cometo uma maldade...Comigo. Pra acordar do sonho, do sonho que me forço a viver para suportar as verdades que o carteiro da realidade trás toda maldita manhã. Não sou covarde, ok? Todos jogam, mas eu jogo melhor porque até perdendo, eu ganho. Passaros em pele de lobo, isso sim, o aço é do meu coração. Eleve sua voz uma oitava, mesmo assim não vão ouvir, Peter Pan.


Em contraste, avistei, capitão gancho, desfigurando a face do carteiro desnudo. Quando disse, que o padre não entende, não era um provérbio jumentino, somente uma pessoalidade. Não é que vi o padre, com a cabeça entre os joelhos, remoendo seu dom de não poder questionar. O senhor pirata, nômade e sensual, subiu como balões. O crocodilo? O que ele tem a ver com isso? Dentes sujos de sangue, com pernas alheias, sem nem sequer sentir dor em processo de digestão. Ele não se importa, e eu... eu voei como um paspalho, na verdade, um espantalho de queijo, cujo atrai ratos de conhecimento.


Dançando o Tango do Orangotango, brandindo seu tacape ancestral, golpeando com hormônios a mulher e ela contente com isso, BURRA! Prefiro eu sendo um milionário de idéias e solitário por escolha, de St. Antônio aos Peixes, sou eu que seduzo mais. A que? O que quero, é complicado demais para uma mente turva e envenenada com sentimentos possa entender e corta os fios com a realidade e vive por entre os mortos.


Deixemos mais sucinto para vocês, eu e Lucas.
Caminhei pelo teto de vidro da casa no limbo.
Saqueei bancos ricos... bancos da praça ricos de merda de pomba.
Ajoelhei frente a cristo, chorando perdão falso.
E enterrei o cadáver do padre com a cara desfigurada.

Você não sente o que eu digo, padre, quero dizer, leitor.

Neste texto, somos nós que estamos te lendo, seu mero objeto de trabalho. A face é feita de alma, alma é feita de memórias, memórias são feitas de sentimentos, sentimentos de personalidade, você se perdeu entre isso e eu além disso. O meu Deus está além do meu coração e perto demais da minha mente.

Perdão Padre, mas pecastes em nome do mundo.

Ponto final, cascalho.
Por Anais da Loucura & Avantasia.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Invertebrados.


Não serei tão sucinto nesta vez em que, pouco me tomam a mente.
Não serei um episódio neste momento em que se exige uma epístola
Destruir-me-ei, ao ver a máquina de captal embalar os giros do globo.
Não omitirei minha revolução diafragmática! Que cessem as reclamações. Pouco resolve, aquele que vai e vem, vai e vem, e nunca fora realmente. Pulgas!
Mas reclamam. E como! Porém, não passam de tosses incômodas criando estática em meus ouvidos. Ruídos tuberculosos para os quais não há ar puro que cure.


Dentes de aço, ejaculando sangue, extraídos de sua própria língua. Sujeito, de seus longos e vividos anos, trancafiado no porão, no calabouço.
Sugado pelas sombras e poeira, sem se dar conta de que, aos poucos, seu espírito se esvai um pouco em cada suspiro
Inválidos, seios de fraternais. Apontam o que nos alegram, utilizam dos seus recursos provenientes, marcam o dia de nosso funeral.


Para o primeiro da primavera, quando nossa neve pura sera sugada pelas entranhas da terra, onde irrigará as flores flácidas daqueles que desabrocharam
Flores, ó Flores! Desculpais nossa raça que suja e esmaga suas pétalas alegres e que entorpecem! Viemos com defeito! A nossa fábrica não passou no Inmetro ! Tomamos tudo! Nós tomamos tudo! Dizemos tudo que não sabemos! Há um fragmento de sorte que nos resta. A natureza sempre foi superior àquele que tentou influenciá-la.
Sempre perdemos e sempre perderemos a corrida contra as Leis Naturais. As únicas que não podem ser abolidas, pois, afinal, o poder da criação não deve superar o do criador. Eis outra lei.


Cultivemos alface nas margens do Nilo! Saudável? Esquecemos o que é ter uma vida saudável. A Sociedade pensa que evolui, defecamos por todo o planeta. Cada vez mais merda... Sempre fazemos merda. Exceto a Arte.
Arte é Beleza. Mas o que é Beleza num mundo de futilidades, senão a própria Futilidade? A Arte é um refúgio para os cegos num mundo onde só fechando os olhos para se enxergar o que é realmente belo. Arte é tesouro raro. Meio ao limbo, poucos ainda sabem discernir. Feche os olhos, insisto.


Se for possível, feche tudo. As portas, janelas, a caixa de Pandora. Não permita que impurezas externas penetrem na mente de quem se dispõe a procurar a arte.
E a arte, te suprime o coma insolúvel. Tu, envergonhado dizes: Quando compraremos tanto papel higiênico pra limpar o mar de fezes. Atenha-se, papel higiênico não se recicla, diz tua consciência. Pare de defecar e imploda.

Fique sabendo: a implosão levanta menos poeira que a explosão. Se imponha, se exponha, não se exclua. Se interrogue, se interesse. Se integre, se entregue.
Exploda tudo! Suba a poeira! Suba! A censura que se arrombe, a ditadura que seja penetrada. Trios elétricos que atropelem nossos palanques, frigoríficos sejam a cura de nossa emissão de gases. Que todos os átomos extraterrestres apoderem-se de nossos meios, nos matem pra comer, nos botem em jaulas, nos faça pastar.


Porque a humanidade é uma criança mimada que precisa ser posta de castigo. E se nada for capaz de fazê-lo, perderemos nossa liberdade para a nossa libertinagem. Um peixe-gato que, de tanta fome, come a si próprio.
Nem Heródoto, nem Zumbi, nem Cazuza, e nem o raio que o parta. Nós o peixe-gato, nos desculpamos, em meu nome, e em nome de quem quiser.


E viva a insanidade
E viva a deturpação.

"Água mole pedra dura, orelhas moucas. "

Por Anais da Loucura e Diana.

Ser, estar, imagem, 1,2,3,4...


“Os gatos entraram na casa e mancharam os lençóis de sangue.
Ou
“Ser ou não ser eis o interior da carruagem mágica de Shakespeare.”
Ou
“O Navio partiu do porto e logo saiu do cenário. “
Então,
“Mamas de leite que “avoam”, enquanto o Tejo rola solto.”
Logo,
“Farmacêutico frígido, infantil, dedos n’água.”
Cristalizaram! As imagens surreais cristalizaram!
Nítidas, tolas, lambem veneno, cheiram a pó.
Vendem sua imagem como um corpo prostituído.
Farda fúnebre, com tons de tez pálida, sem ar sem doces.
A fase é exuberante, mas o teor de fumaça é sufocante.
Naquela sala, Pesado, fica o ambiente.
Espelhos metafóricos cessam a sede de adrenalina.
O corpo já não suporta guardar as imagens.
Semi-Sufocado, o rapaz para de imaginar.
As imagens, livres como essência viram e falam, sincronizadamente:

- Eu sou livre seu panaca.
O Homem caído no chão quase sem ar surpreendentemente responde, com sua possessividade costumeira:
-E eu te amo.

sábado, 5 de julho de 2008

Thubiruba, O filho, o caseiro e o pote de mel.


A lã teceu, reproduziu, levantou, empinou, e passou-me a rasteira!Precisas de alguém para te acompanhar no teus sonhos! Me disse a tal abelhuda.

Mas do teu mel eu devorei, me lambuzei. Me peguei todo melado nos sonhos de meus filhos, um de apenas cinco anos, eram deliciosos. Utilizei calda de caramelo para evitar a indigestão, tive insônia, disse-lhe que não poderia ser astronauta.

A insônia, incompreensiva que só eu pra lhe dizer, me respondeu!Nem astronauta, nem poeta, e nem um augusto andarilho! Como assim?

Exatamente assim meu filho. Não seja escravo de suas idéias. Trabalhe, seja alguém na vida. Não me vês em sua idade. Casa, título, na carteira o dinheiro que se esvaía a cada refeição do leão, pensas na tua felicidade improvável e troque-a pelo correto, certo, favorável situação. O velho andarilho amigo do poeta és um fracasso.

Analisei seu corpo sem graça de topmodel, e triturei-a com meu ralador de queijo.Refleti, por meses, anos, séculos, galáxias, ursos polares.O Louco deixa-se devorar pela idéia. O Sábio controla-a! - gritou minha mente inconseqüente, ou nem tanto.

Tomei café com coca-cola a fim de acordar, desmaiei. Andava nas nuvens, sem a poluição corriqueira, cotidiana. Perdi um braço. Procurei na colméia das abelhas mais espertas que eu e só encontrei cocaína. Fui controlado.

Abocanhei um punhado e meio de algodão doce em que eu pisava. O zangão, banhado da farinha esbranquiçada, ligadão, se dirigiu à mim, zonzo."Fora Verme!"

E as idéias eram expulsas à mando dele. Todas desenfreadas ganhando espaço pra fora dos ouvidos, desciam como minhocas de barro e pano que eram, antíteses? Só o correto ganhava o espaço antes alienado por sonhos de uma vida singela e astuta, mais erótica que a de meu pai. Minha mente gritava tunada e irada!!

Cheio de líquido renal banhando a vista, transmutava-me em um Búfalo Ideal. Senti marteladas no estômago, no âmago, amei os sonhos se esvaindo. Não deveria deixar que conseguissem extrair o pólen da irrealidade. Avancei contra a sociedade legítima e trabalhadora, contra o sinal vermelho, só sentia o peso de um estômago com boas inverdades e criatividade ilimitada.

Olhei no espelho e vi sujeira no paletó. Mais um cidadão padrão, adequei-me silencioso na classe média, antítese de novo. E outro e outro, ovo no café da manhã e suco de laranja de meus amigos de antes, afogadas, as lembranças dormiam como tubarões de barriga cheia. Nunca estivemos em Kamelot. Sonhei com aquelas abelhas que zombavam de mim numa festa de quinze anos onde eu era o príncipe, nunca mais.

Limpei a gola, lento e gordo, com vontades de absorver mclanches. Nunca! Atirei as flechas de tesão no meu espelho que reverteu minha ilusão numa paranormalidade. Fui até meu vizinho, abracei-o. Mandei rosas à dona margarida. Agradeci o doutor capitalista por ter me operado. Saquei minha multi-metralhadora, e usei-a como suporte para meu sorvete de ameixas silvestres, horrível.

Cansado e saciado, dormi. Lembrei de meu pai me falando asneiras na cozinha, refleti, meu espelho se quebrou. Sorri amarelo, expulsei mosquitos de casa, meu sangue não seria mais sugado. Raspei a cabeça, pichei os muros da faculdade.

Vinte e um de julho era o dia seguinte, me dei conta. Na cozinha, de frente pro meu fardo em forma de corpo humano, meu pequeno filho chorava por saber que não seria astronauta... Antítese?Procurei, como nunca desculpas insaciáveis, meias verdades que iam me lançando bigornas na coluna, bigornas, toneladas. A criança, a espera, a ampulheta rolando. Virara um urso, o pequeno. Destruiu todo o casebre, me lançou num penhasco sem fim, e nele só minhas malévolas atitudes porcas.
Dessa vez não era figura de linguagem...

Por Anais da Loucura e Tears of Blues.

O Título.


Eu não sou genial assim todos os dias
Apenas nos dias em que penso não ser
e não me ater que me perco em calendários
Mesmo que eu queira, ou que seja sem querer.


Fora de quadrados, esquerdo, com o pior dosretardos mentais, meu bem, eu passo mal.
Em prever sonhar com enigmas doentes,espaciais ... como uma cera fria de uma vela sem calor.
Ser ou não ser, eis o tesão da fome de amargurar.
O poeta disse num dia, sobre beija-flor, masque flor, encontro aqui leões.

Cujos dissecam a massa cinzenta e me isentam,não penso, não coloro, não decoro. Crio asas consumistas.
Em um furacão ébrio, neblina escura seascende em mim. E na tempestade mais uma vez, eu estavavagando

Encontrei num templo meu herói, ele morreu hádécadas... Admirei-o. Como ele me acolhe nesses dias! Meacolhe legível, vidraceiro, mais ou menos comum…

E os olhos de esmeralda, como sempre sonhei.Mas não me olhava, não me olhava, e eu o olhava em vão.Repousava como eu deveria repousar. Ele estava em meulugar.


Furei meus olhos nus, acariciei sua silhueta imóvel.
Não era o mesmo, não era o mesmo, onde está ?E cai novamente, em seus pés, eu chorei. Chorei ? Não sei.
Incomensurável, minha interpretação crua, semmassa cefálica... sem sal.Se chorei? Me debulhei
em lágrimas! Sequei de dentro prafora, por pouco não implodi.

E percebi, minhas pobres lágrimas eram a
tempestade a qual eu vagava ébrio, de meu próprio sal,
delinqüente sem lar, mas eu pensava, era o único quepensava diante de todos que
me apontavam.
Sombrio... cavei os ossos sem achar tesouro
algum, meu interior era podre.
Cadê a chave pra me tirar daqui!?
Saltei no trampolim, desovei.
Mergulhei numremexido viscoso: Petróleo e notas de 100.

Eu queria, eu queria me limpar, mas aquilo me
amava, e eu acabei amando aquilo. A doce "virgem" de minhas
noites, já não era tão atraente. Ela morreu. E eu
enterrei-a ... na lama.

Joguei sua carcaça à crocodilos famintos e
mal amamentados, por natureza. Devorei crânios, sem tecido
epitelial, me desfazia, não sabia viver nos entremeios de
um gênio.

Um gênio era apenas um gênio e eu sentia que
não seria menos que aquilo. Menos que "apenas um gênio".
Mergulhei então no Éden límbico de meus prazeres mais
escondidos. Meus desejos póstumos que se libertaram enfim.
Não me assombrariam mais. E eu me tornaria o melhor
delinquente sem lar.

Um delinqüente longínquo do que era.
Atireinum padre pelas costas.
Arrombei a porta do universoparalelo.
Invadia lentamente os Anais da Loucura, eles eram puro&sujo.

Como preto e branco. Como em preto e branco.
Minha sanidade em preto e branco. Me puniram então, sem
sucesso. Vocês nunca vão me ter, pois estão em minhas
calejadas mãos. A qual fatiaram em vão. A qual lhes
mostrará o inferno de meu breve sermão. Minha revanche com
gosto de chocolate quente.


Eu desfigurei, sem estética, ladainha,
sardinha. Sentiram o teor da minha saliva. Cerrei seus
dentes no asfalto. Pulei de para quedas.


Testei sua sanidade em questão, não quero que entenda.
Por Anais da Loucura e puro&sujo.

sábado, 28 de junho de 2008

Mãos Atadas.


O cara se chamava idéia... Ops! Abstenho-me no início, ou o clímax foge.
O cara não tinha nome, filhos, dedos, expressões, ele nunca foi um ser humano, Ele é idéia.
E sinto, mas não to a fim de falar dele.
Estava eu, um copo de vinho e um leão do signo de sagitário.
Beberiquei todo o drinque de saliva viscosa do leão imponente, o vinho me atacou.
Deu nó. A cena imediatamente fugiu do tempo espaço e eu fiquei excitado.
Debilitado, Mergulhei no rio amazonas, pra salvar Iracema, e lá achei o papel de salgadinho que larguei no asfalto.
Congelamos, eu e Iracema, ela morreu e eu de um jeito tão idiota, paralisado, fui salvo pelo vinho e pelo presidente.
Ele, o presidente, me iludiu! Como uma prostituta no Cio!
Não rebaixemos à classe de tais trabalhadoras, não Poeta, não confunda às coisas!
Ele, o presidente, me enganou, roubou a taça de saliva do Leão, já não tinha porque viver.
Em prantos, mordi o cascalho de uma seringueira, derrubei-a, como a indústria de borracha faz. Vomitei na minha roupa, sangue.
Esvaído em tal líquido rubro, meio à ao batatal, de Jesus, me deparei com Pedro, o cara era só ouvidos, o cara era uma rocha. Me senti bem, passei a o carregar nas costas.
Chegou Josivaldo, com seu suporte de soja, gritando meu nome às costas.
A resposta fora breve, “Afaste-se Jô! Não sou mais digno dessa mata.”
Pois então, o homem de expressão espantada, correu chorando, afastou-se.
Pedro? Ainda me ouvia.
Tirei o sutiã que tanto apertava meu útero. Varri Pedro.
Matei 8 ou 9 formigas caminhando. Deixei que um Escorpião me ferroasse. Foi bom.
Entreguei ao tal, Pedro, mas infelizmente sua estrutura não pôde o manter nas costas.
Não foi pessoal, meus olhos que pararam de trabalhar pra mim. Comecei a tontear, não tinha mais sangue fluindo, era puro veneno.
Fui até a esquina, adentrei o Bar de seu Fernando, estava vazio, me servi só.
Bati, com o giz e encaçapei o taco. Careca, não podia mais levar o chapeuzinho branco, escorregava.
Funguei cânfora, senti os mamilos de seu Fernando se aproximarem, mas logo me despedi.
...
...
Perdi o mindinho em uma siderúrgica. Deixei que a barba crescesse, virei o presidente.
Encontrei um cara na Amazônia, e roubei a saliva de leão dele.
Era um clone. Eu era o sujeito, eu era o presidente...

Você também é o presidente. Se culpe.

É sua obrigação, cara essência.


Vagaste por os templos de lucidez. Pelos casebres de insanidade, vagaste ò essência.
Procuraste pelo fim, procuraste pelo início, procuraste pelo elmo sagrado. Não leste nenhuma mente ainda?
Desde os úmidos palácios da mitologia, a primeira explicação do globo arterial. Vagaste ò essência embutida na cavalaria de Sun Tzu, Procuraste a chave lotada de esterco.
Nunca podes encontrar. Pois a resposta, cara essência, não está em coisas puras, lúcidas, ou racionais.
Há beleza, e o que de mal há nisso? Devora a carne bovina, caça pra sobreviver. Os sentidos se aguçam! Viras um completo leão de dentes ensangüentados. Não sabes o que é isto, pois levara uma vida de rei, essência. Não podes ser tão hipócrita.
Lanchaste no Mcdonalds, enquanto, crianças raquíticas, em uma barca rumo à cachoeira final, assistiam-no na TV. E vossa última frase fora: “Um dia, quero uma migalha de pão.” O rio da fome vos levaram.
A chave cara essência, está em ti própria, e na vontade de transmutar fins em meios. Danos em idéias, e idéias em soluções. Esmurres o palhaço sorridente, desmanche aqueles fios vermelhos de sua cabeleira! Exploda tudo em nome da Arte, em nome dos que sofrem e não podem caçar. Não podem beber. Não podem comer. Vivem do amor. Vivem pouco.
Não sabes o que fazer essência, fique em silêncio e chore. O escambal! Deves fazer algo!
Vague num trem, viva uma vida simples, sem luxos. Faça sua fragmentária função. Doe-se à natureza, seja! Lembre! Faça...
Capture a lua com seu linho de algodão. Escale às temperaturas menos calorosas, sinta a fome, o frio, sinta a tristeza e solidão.
Morda o queijo redondo, assista o planeta de cima, e interfira sempre que precisar. Lamente a humanidade...
Eles não enxergam de seu modo, pouco entendem o que diz a respeito. Vivem no canibalismo capitalista. Vivem à seu prazer e nada mais. Vivem para si próprios, DANE-SE ELES!

Amei, o útero da África deplorável.
Envolvi todos os seus filhos com meus braços.
Vomitei meu coração, entreguei de presente.
Joguei meu cérebro no rio da fome.
Amei, o útero da África rica, de coisas que poucos vêem.
Emprestei meu crânio para jogarem futebol.
Toquei à eles, a musica da vida.
E por fim... Dei minha carne para que se alimentassem.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

À Vocês, Amigos.

Nunca acreditei mesmo que eles fossem de carne e osso.
Eles parecem um conto de fadas, sei lá.
Me trazem uma alegria incomensurável, como sucos de laranja, ou até vozes do além.
Remo com o vosso ouvido, orelha, e dou mordidas em seus corações.
Entremeio à rios de madeira, sem a bússola de ouro, me guio pela tua voz.
Trazes-me a sabedoria de bandeja. Dialética, Abelardo.
Não me cobra nada por isso. Filosofia, Sócrates.
Dá-me a mão, amigo, sempre que esvaio-me em lágrimas, no ponto de inundar essa coisa que chamam de superfície.
Não permanecemos entre o sim e o não. Entre o certo e o errado. A resposta talvez seja outra pergunta. Por que?
Lembro-me da vez que escalamos o Everest para consumir de sua vasta neve caramelizada, com alto teor de antioxidantes, que quebram os radicais livres, que me traz a juventude Eterna!
Destruímos o império Romano e não nos arrependemos. Penduramos, chupa-cabras de ponta cabeça no salgueiro. Furtamos a Excallibur. E perguntávamo-nos... Por que?
A Taça do mundo é nossa! Ensinamos o Cazuza a beber, Einstein a pensar, Pelé a fazer filhos. Juntos, amigos.
Mostrei-lhes minha mais chaveada, canção. A considerava um tesouro. Os dedos rolavam as cordas, que magnetizavam nossos cantos. Os instrumentos conversavam. Não precisávamos mais do que olhares, agente sorria, cantarolava, desmanchava a canastra, fazia o gol. Soávamos o último acorde.
Nunca fui tão correspondido assim, minha inteligência e minha essência, necessitavam. Lia, ria.
Einstein roubou nossa fórmula secreta e fez sucesso. Emprestamos dedilhados à Bethoven. Hitler nos perguntou como ser rígido. Ajude o próximo, lembra Jesus? Acho que ele levou a sério de mais. Não importa. A displicência demos à Elvis, a sagacidade à Dumont. À Nietzsche não fornecemos nada. Entre o tudo e o nada, e ecoava o ”por que”...
Emprestaram-me seus braços para remar. Enfim, chegamos ao topo do arco íris. Nada surpreendente. Jogamos fora o pote de ouro. Devolvemos a espada a Arthur. Nossa brincadeira acabava. Pés esfolados de asfaltos.
Vocês são mesmo de carne e osso?
Subimos no pé do feijão, ensinamos o gigante á crescer, e João à subir. O Lobo à devorar, o caçador, à bajular a vovozinha.

O Que ganhamos em troca?
Não, não é essa a pergunta.

"Porque?"

Na casa de seu Zé.




De palha queimada à marfim e diamantes...
Casa da arte, da abrangência das idéias.
Livros por todos os lados dilatados a cada caminho diferente que se encontra.
Meias verdades com verdades inteiras, ou mescladas, mastigadas, ou inexistentes.
Na porta um velho caboclo, com chapéu de palha e calos nos dedos.

Uma cadeira de balanço mágica, constituída de sonhos. O idoso de tez morena, em sua boca pita um cachimbo, que lhe faz sufocar de tanto realismo. Uma casa pequena, por fora, mas só por fora. Flexível, em forma de gelatina.
Seu telhado, um vulcão de latim, hebraico, polonês e Tupi- Guarani.
Enquanto você aproxima-se do imóvel tão temido.
Sua essência é absorvida, você é seduzido, passa a ser um sonâmbulo.
Já não utiliza de seus sentimentos para analisar, é completamente arbitrário, e extrai tudo.

Uma casa encontrada depois de uma caverna, que é depois de uma floresta e que fica depois de um riacho.
O velho vai e vem, naquela cadeira ensurdecedora.
Bate seu chinelo de couro no taco do chão, de forma que seu coração passa a pulsar no mesmo rítmo.
Nas janelas, ídolos do Rock dançando Ballet e o Corcunda de Notre Dame lecionando etiqueta.
Na casa de seu Zé tem um jardim, de abóboras açucaradas, cujas dão enormes pés de feijão pelo verão. Na casa de seu Zé, tem um poço. Lá sempre tem festa.

A casa de seu Zé é longe. Já foram milhões de passos na areia fofa e nada de chegar.
A casa de seu Zé existe, eu sei que existe.
A casa de seu Zé tem, Povilho, manteiga, xenofobia e autoritarismo, ditadura.
Na casa de seu Zé mora o bobo da corte.
Tá, confesso, a casa de seu zé sou eu.






quinta-feira, 26 de junho de 2008

Sou eu, o Bobo da Corte.


Sou o bobo da corte, rasgado de dentro para fora, sem zíper.
Sou o bobo da corte de órgãos dissecados de tanto gargalhar das tartarugas terrestres.
Carrego uma farda misteriosa, degenero neurônios. Acendo a curiosidade.
Sou majestoso, augusto, embora não pareça ser ninguém humano, somente um bastardo.
Sou o bobo da corte, que rio por último, mas não rio melhor.

Vestimenta colorida representativa de alguém internamente, cinzento, sádico.
Alguém redigido em braile e assistido em preto e branco, alguém incolor, inodoro, e inamável.
Na ponta da bota, carrego guizos, que lhe ilude enquanto ataco sua mente, lhe hipnotizam.
Sou eu o grande. Invisível a olho nu primata, caminho sorrateiro, sou forasteiro.
De calças confortáveis e largas, xadrez, de hormônios contidos, de emoções beirando a espinha.
Carrego batom masoquista na cara, que transparece toda minha mágoa. Antes eu era um casulo, agora bomba atômica.

Sou viajante dos sete mares, dos sete planos, dos sete cômodos, dos sete degraus, dos sete passos e da cabeça minada.
Queimo pão e circo, abstenho revoltas hipócritas, destruo palanques, devoro desonestos, e vomito tudo na cara do rei. Sou eu o bobo da corte.
Sou o peão no xadrez. Mas sou um peão especial. Destruo todo exército, adversário com um movimento. O rei implora meu perdão.
Detenho tecnologia, absorvo poluição, tabaco, infecções, vírus, bactérias, saliva, sangue, fezes.
Invertebrado, irracional, pudim com queijo, glúten, Teresina, amor da minha vida.
Descarga rola, com o som de dragões me devorando.
Ó majestosa taça de batata... Salve meu amigo Amor.
Até que bato as botas, salto da torre, e cravo a cabeça no solo.
Recebo infinitos aplausos.